9 de fevereiro de 2011

O que aconteceu com o rosto de Christina Aguilera?

Especialistas analisam os exageros e falam sobre os limites dos procedimentos estéticos



A visita de Christina Aguilera ao Brasil, durante a 15ª edição do SPFW, reacendeu a discussão sobre o uso excessivo de procedimentos estéticos. Ao chegar a São Paulo, ainda no aeroporto, chapéu, cabeça baixa e óculos escuros disfarçavam a mudança, que não tardou a aparecer: o rosto da cantora parecia inchado, torto e, às vezes, congelado.

Nos corredores da Bienal de São Paulo, local de trânsito de fashionistas, os comentários vinham de pessoas que tentavam achar uma justificativa para a aparência estranha de Aguilera. Cabelo desfavorável, quilinhos a mais ou falta de noção? Afinal, o que teria acontecido com a cantora?

A pedido do Delas, a dermatologista Lígia Kogos arrisca a análise a partir de uma foto. “Parece que as maçãs foram erguidas com preenchimento e a boca preenchida. Toxina botulínica na ponta do nariz e nas pálpebras, para levantar o olhar”, diz.

A toxina botulínica e o ácido hialurônico são os queridinhos das famosas quando o assunto é rejuvenescimento. O primeiro atenua a contração da musculatura do rosto, melhorando assim o aspecto das linhas e rugas, enquanto o ácido recupera principalmente o volume perdido e preenche imperfeições, além de aumentar boca, bochechas e outras áreas. Ambos definem a fisionomia e o contorno.

A estilista Donatella Versace é uma das personalidades mais lembradas quando se trata de procedimentos estéticos – apesar dela não comentar nem afirmar que faz uso de tais substâncias. Por conta das mudanças que parece fazer pelo corpo, a italiana, de 56 anos, chegou a ser considerada uma das pessoas mais feias do mundo, de acordo com uma pesquisa britânica.



Foto: Agnews/Getty Images
A cantora Christina Aguilera com a mesma expressão em dois momentos: SPFW, em Sao Paulo, e na final do Super Bowl, nos EUA

Tudo indica que os lábios, que já eram grandes, foram acentuados com preenchimento, ganhando mais destaque ainda. “Também tem cirurgia na pálpebra e botox perto dos olhos, que estão desalinhados e arredondados demais”, aponta Kogos.

Para Isabel Martinez, dermatologista e membro da Academia Internacional de Dermatologia, Donatella é um exemplo a não ser seguido. A dismorfofobia, segundo afirma, justificaria muitos dos exageros que vemos por aí. “A pessoa sempre se acha feia”, resume.

O erro é do médico ou do paciente?
O perfil do médico, em conjunto com o perfil da cliente, define o resultado das intervenções. E apesar da beleza estar diretamente relacionada com a harmonia, o conceito de belo tende a variar de uma pessoa para outra. É esperado dos bons profissionais um olhar crítico diante dos desejos exagerados. “Eu já perdi paciente por não aceitar a quantidade de preenchimento que ela queria fazer na boca. Também já atendi gente que estava se basendo no que vê na televisão”, afirma Isabel. “Tem que deixar linha, deixar expressão, o rosto tem que ser leve e ficar de acordo com a idade”, aconselha.

O ideal é que as expectativas sejam apresentadas ainda durante a consulta com o médico. “A falta de noção de harmonia pode ocasionar resultados discutíveis e que se tornam caricatos em poucos anos”, explica Lígia.

O preenchimento facial tem duração de oito meses a um ano; e custa de R$1mil a R$3mil, dependendo da região. Já a toxina botulínica dura de quatro a seis meses e custa de R$1mil a R$1.500 por aplicação.



Foto: Getty Images
Donatella Versace foi considerada uma das pessoas mais feias do mundo

Fonte: delas.ig.com.br

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